quarta-feira, 4 de junho de 2014

Tecnologia

Indivíduos e grupos do neolítico aprenderam a cultivar alimentos e a domesticar animais. Também criaram ferramentas que os auxiliavam nas tarefas do dia a dia, como arados, por exemplo, que, juntamente com os animais domesticados, ajudavam estas pessoas a cultivar uma dada área. Isto fez com que várias comunidades neolíticas passassem a produzir mais alimentos do que eles necessitavam. Como consequência, várias pessoas que anteriormente eram agricultores passaram a trabalhar - e especializar-se - em outras áreas.
Algumas passaram a produzir roupas. Outros passaram a produzir armas e ferramentas. Estas últimas requerem metais, que são encontrados em minas, onde outras pessoas passaram a trabalhar. Avanços tecnológicos influenciaram bastante o desenvolvimento de cidades ao longo da história. Grandes avanços tecnológicos durante a Revolução Industrial permitiram a criação de grandes fábricas e ferrovias, que geravam empregos e atraíam grande quantidade de pessoas do campo para as cidades onde as fábricas estavam localizadas. Trens, automóveis e outros meios de transporte facilitaram o transporte entre um ponto a outro de uma cidade, bem como entre diversas cidades entre si.
História AntigaEmbora seja uma disciplina consolidada em muitas universidades no mundo, não há uma definição explícita do que seja a História Antiga. Na prática, tanto no ensino como na pesquisa, a História Antiga costuma estudar os primórdios do Ocidente, após uma pré-história vaga e geral. Não é a História Antiga do mundo, portanto, mas a História de um recorte bem específico do passado: o das origens do Ocidente. Grécia e Roma ganham destaque especial.
Além do conteúdo, outros temas relacionados à História Antiga são alvo de questionamento por parte dos historiadores, como a maneira de ensinar essa disciplina. É preciso reescrever essa história de um modo que faça sentido ao presente e que seja explícito. Embora não se possa mais considerar a História Antiga o início de uma História Universal, as realizações humanas que se acumularam nesse pedaço do globo – o espaço do Mediterrâneo entre os século x a.C. e v d.C. – são fundamentais para entendermos como o mundo contemporâneo se tornou possível. É com esse novo olhar que o autor, historiador especialista na área e professor da Universidade de São Paulo, analisa essa parte fundamental da História mundial.
Autor: Noberto Luiz Guarinello 
R$33,00

Grécia e Roma
Qual o sentido de estudarmos a Antiguidade em pleno século XXI? O que a cultura clássica tem a ver com a gente? A resposta reside no fato de a Antiguidade estar muito presente no nosso cotidiano: no Direito, na estrutura de pensamento dos intelectuais modernos, na estética, na língua, na política. Enfim, culturas, que poderiam estar circunscritas a uma época longínqua, atravessaram séculos, forneceram subsídios e matéria-prima para tantas outras culturas. O historiador e arqueólogo Pedro Paulo Funari nos brinda com um painel amplo, instigante e claro dos principais temas das civilizações clássicas, da mitologia grega à escravidão, das formas de pensar as relações homem-mulher às estruturas políticas, das manifestações artísticas aos espetáculos de violência, das primeiras colônias gregas ao surgimento do cristianismo. Sendo o passado dos antigos gregos e romanos componentes inevitáveis de nossas instituições, valores e padrões atuais, a leitura deste livro é fundamental para todos os que pretendem se situar como membros da comunidade humana. 

 Livraria Saraiva R$25,00

Organização Social

Em qualquer comunidade, certos padrões de comportamento precisam ser cumpridos para o bem-estar e a manutenção da paz e da ordem. Uma pessoa respeitava outros membros da comunidade e esperava em troca ser respeitado. A organização social de povos neolíticos era simples. Cada família cultivava seu alimento e fabricava suas roupas e ferramentas. Líderes em geral não existiam, ou possuíam pouco poder na comunidade. Os homens ajudavam a combater o inimigo caso fossem atacados. Todos decidiam a punição que devia ser aplicada a um membro que infringia uma regra da comunidade.
Avanços tecnológicos permitiram que cada vez mais pessoas deixassem de trabalhar na agricultura. Estas pessoas passaram a trabalhar em outras áreas, especializando-se nelas, como artesãos, costureiros e mineiros. Eles trocavam seus produtos entre si, e com fazendeiros em troca de alimentos, originando assim o comércio. Posteriormente, isto levaria à criação do dinheiro. Eventualmente, pessoas de uma dada vila começaram a comerciar com outras vilas. Outras pessoas tornaram-se soldados, administradores públicos e líderes políticos e religiosos.
O crescimento populacional das vilas neolíticas passou a obrigar a instalação de um governo central, que responsabilizava-se pelo fornecimento de certos serviços como defesa, comércio organizado e eventos religiosos, por exemplo. Gradualmente, o número de trabalhadores empregados diretamente pela administração da cidade cresceu. Atualmente, estes trabalhadores incluem prefeitos, conselheiros, planejadores urbanos, policiais, bombeiros, catadores de lixo e professores, entre outros.
Historicamente, duas tendências contribuíram para o crescimento populacional das cidades. Uma delas é a "urbanização" - o gradual crescimento da população em áreas urbanas. A outra é a migração, que pode ser do campo para a cidade ou de uma cidade para outra. Isto fez com que, gradualmente, diversas cidades passassem a diversificar-se culturalmente, em um processo de diversificação cultural, esta levando àdifusão cultural e ao multiculturalismo. Atualmente, algumas cidades conhecidas pela sua grande população multicultural são Nova Iorque, Toronto, San Francisco, Los Angeles e Chicago.

População das Cidades Antigas

A maioria das cidades da antiguidade não possuíam mais do que dez mil habitantes, e não eram maiores do que 1 km². Porém, algumas delas eram muito maiores - em termos populacionais e territoriais. Atenas, no seu apogeu, tinha uma população estimada entre 150 e 300 mil habitantes, espremidos em 10 km². Roma, durante o apogeu do Império Romano, nos séculos I e II, tinha mais de um milhão de habitantes, e é considerada por muitos como a primeira (e única) cidade a superar os um milhão de habitantes até o início da Revolução Industrial, embora alguns considerem que Alexandria também tenha tido população superior a um milhão de habitantes, e mesmo superado esta marca, até dois séculos antes de Roma. Outros acreditam que nenhuma das duas cidades tenham superado um milhão de habitantes, considerando Bagdá a primeira cidade a superar um milhão de habitantes. Outras cidades do Império Romano eram significantemente menores, com as maiores cidades possuindo entre 15 a 30 mil habitantes.
As cidades da antiguidade localizavam-se quase sempre próximos à beira de uma fonte de água potável e próximas à grandes corpos de água, tais como rios e mares, para facilitar o transporte de carga de uma região à outra, bem como obtenção de água potável. Quando as fontes de água doce eram insuficientes, trabalhadores livres ou escravos traziam água de fontes próximas à cidade. Avanços tecnológicos também ajudaram. Um complexo sistema de 11 aquedutos ajudou Roma a tornar-se uma grande cidade, trazendo água de diversas fontes distantes para a cidade. A maioria das cidades da antiguidade clássica dispunham de um ou mais reservatórios públicos, onde a água potável era armazenada. Alguns destes reservatórios também coletavam água da chuva, principalmente os reservatórios das cidades no norte da África.
Porém, água não era mais o único fator para a localização de uma cidade. Com o aparecimento de guerras entre diferentes povos, proteção também tornou-se um fator importante. Algumas destas cidades localizavam-se em serras de difícil acesso, como Roma e Atenas, por exemplo. A grande maioria das cidades antigas eram cercadas por muralhas. As muralhas de pequenas cidades eram geralmente feitas de madeira, enquanto as muralhas de cidades importantes ou grandes cidades eram feitas de pedra, mármore e cimento.
O crescimento populacional nestas cidades começou a criar sérios problemas, quanto ao saneamento básico. A coleta de lixo era inexistente na maior parte das cidades. Habitantes da classe trabalhadora simplesmente jogavam seu lixo nas ruas - muitas, dos quais, não pavimentadas. Como consequência, doenças eram muito comuns na época, e a taxa de mortalidade era alta. Este problema era agravado com chuvas - que inundavam as casas da cidade com lama contaminado com lixo e microorganismos causadores de doenças. Outras cidades, porém, coletavam o lixo das casas e os jogavam fora das muralhas da cidade. As cidades romanas, em especial, se destacavam por suas ruas pavimentadas e seus avançados sistemas de saneamento que não seriam ultrapassados em escala e tecnologia até o século XIX.

Cidade Beirute, Líbano - desde 3000 a.C.

Uma antiga cidade fenícia, cujas ruínas se erguem perto da atual Beirute, parece ter sido a origem da capital do Líbano, importante centro econômico e cultural do Oriente Médio até a década de 1970, quando a guerra civil começou a modificar a fisionomia da cidade.
Fundada pelos fenícios no século XV A.C., Beirute foi ocupada por gregos, romanos - que a chamaram "Julia Augusta" - ebizantinos. Famosa por sua escola de direito, foi devastada no século VI por violentos terremotos, e entrou em decadência até cair em poder dos árabes em meados do século VII.
Na época das cruzadas, cristãos e muçulmanos disputaram a cidade, que, após um período de dominação egípcia e turca, incorporou-se ao Império Otomano. Em 1830 caiu em poder do paxá egípcio Mehemet Ali. Onze anos depois, uma frota composta por forças coligadas do Reino Unido, da Áustria e da Turquia conseguiu, após violento bombardeio, restituí-la ao império turco.
Embora tenha sido um porto florescente ao longo da Idade Média e no período otomano, sua verdadeira expansão foi fruto da modernização de suas instalações portuárias e da construção da Ferrovia Beirute-Damasco. Em 1946, depois de ocupada por ingleses e franceses durante a Segunda Guerra Mundial, tornou-se capital do Líbano. Em 1980, a cidade foi dividida pela "linha verde" em dois setores: o oriental, habitado quase exclusivamente por cristãos, e o ocidental, onde predominam os muçulmanos. A instalação de campos de refugiados palestinos nos arredores de Beirute contribuiu para reforçar seu caráter de cidade dividida e conturbada.
Beirute Líbano
Beirute foi tradicionalmente o maior centro de comércio e comunicações do país. Assentada sobre a Baía de São Jorge, no mar Mediterrâneo, ganhou importância graças ao intenso tráfego terrestre e portuário com os países vizinhos, o qual, porém, praticamente cessou com a guerra civil. Sua indústria é pouco desenvolvida, à exceção da alimentícia, da têxtil e da editorial. É sede de três universidades e conta com um museu arqueológico onde se acham expostas as descobertas feitas em Biblos.

Cidade Argos, Grécia - desde 3200 e 3000 a.C.

Uma aldeia neolítica localizava-se próxima ao santuário central da Argólida, cerca de 45 estádios de Argos, próxima a Micenas. O santuário foi dedicado à "Hera Argiva". O principal festival deste templo era a Hecatombe, um dos principais festivais da cidade. Walter Burkert associava o festival ao mito do assassinato de Argos Panoptes por Hermes. Especulou-se que o epíteto de Hermes, Argeifonte, traduzido há muito como "assassino de Argos", se relaciona na realidade com o adjetivo argósArgos foi um dos maiores centros da era micênica, e junto com as acrópoleis vizinhas de Micenas e Tirinto foi ocupada desde muito cedo pela sua posição privilegiada no meio das planícies férteis da Argólida.

No século XII, um castelo foi construído no monte Larissa - o sítio da antiga acrópole - chamado de Kastro Larissa. Argos foi conquistada pelos Cruzados, depois pelos venezianos, e pelos otomanos em 1463. Morosini a reconquistou para Veneza em 1686 mas ela foi retomada pelos otomanos em 1716.
No início da Guerra da Independência Grega, quando diversas repúblicas locais haviam se formado nas diversas partes do país, o "Consulado de Argos" foi proclamado no dia 26 de maio de 1821, sob o senado do Peloponeso. Teve somente um cônsul, Stamatellos Antonopoulos.
Posteriormente, Argos aceitou a autoridade do governo provisório na Primeira Assembleia Nacional em Epidauro, e veio a fazer parte do Reino da Grécia.